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O 4-metilimidazol foi identificado como um subproduto indesejável na fermentação de vários produtos alimentares, incluindo corantes de caramelo, molho de soja, vinho, melaço amoniacal, e xaropes de cor de caramelo. No entanto, apenas as cores de caramelo (cor caramelo III e IV), fabricado com amoníaco ou os seus sais contêm níveis mensuráveis de 4-metilimidazol.

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O 4-metilimidazol é usado como intermediário químico, como material de partida, ou como componente no fabrico de produtos farmacêuticos, produtos químicos fotográficos, corantes e pigmentos, produtos químicos agrícolas e borracha. Além disso tem sido investigado para utilização na síntese de estimulantes cardiovasculares, anticolesterémicos, antagonistas de neurotransmissores, desinfetantes/ agentes antissépticos, anti-protozoários e inibidores da aromatase.


O 4-metilimidazol é formado pela interação de açúcares redutores com amoníaco.

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Este inibe seletivamente a síntese do tromboxano, mas não mostra inibição do ácido araquidónico induzida pela retração do coágulo de fibrina-plaquetas in vitro. Nem o 2 – metilimidazole nem o 4-metilimidazole afetaram significativamente a agregação de plaquetas humanas in vitro, enquanto o imidazol e 1-metilimidazole afetam.


O 4-metilimidazol é um forte inibidor de oxidação de drogas mediadas pelo citocromo P450. Os efeitos de inibição podem ser demonstrados pelo metabolismo hepático da tolbutamida in vivo, em ratos ou em microssomas de fígado humano.


O fígado é um órgão alvo para a toxicidade de 4-metilimidazol em ratos. Houve um aumento na incidência e gravidade de diversas lesões hepáticas não neoplásicas em ambos os sexos, como inflamação crônica. A vacuolização citoplasmática de hepatócitos foi também observada em ratos no estudo de toxicidade. Estas lesões podem estar relacionadas com alterações no metabolismo lipídico e lesão hepática.

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Além disso, o aumento da incidência de quistos foliculares da glândula da tiróide em ratos foi estatisticamente significativa. Esses quistos são frequentemente encontrados em ratos mais velhos, e este aumento pode estar relacionada com uma exposição ao 4-metilimidazol.

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A carcinogénese da glândula tiróide induzida por 2-metilimidazol foi provavelmente devido ao aumento do metabolismo da transferase UDP-glucoronil de T4, que por sua vez estimulou a síntese e liberação de TSH, levando ao desenvolvimento neoplásico na glândula tireoide.


Sob as condições desses estudos de alimentação durante 2 anos, não houve evidência de actividade carcinogénica do 4-metilimidazol em ratos expostos a 625, 1.250 ou 2.500 ppm. Em doses mais elevadas, houve evidência ambígua de atividade carcinogénica de 4-metilimidazol em ratos com base no aumento da incidência de leucemia de células mononucleares. Havia clara evidência de atividade carcinogénica de 4-metilimidazol em masculinos e femininos com base no aumento da incidência de neoplasias alveolar /bronquiolar.

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4-metilimidazol

Figura 2:  Estrutura química do 4-metilimidazol, retirado de (6)

A exposição ao 4-metilimidazol resultou em lesões não neoplásicas no fígado e pulmão de ratos bem como em achados clínicos de neurotoxicidade.

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